Estava eu a remexer em uns papéis, quando encontrei este fragmento de Sartre e achei que deveria postá-lo aqui no blog para dividir com vocês estas tão doces, sábias e nostálgicas palavras deste grande pensador; alguém que, indubitavelmente, viveu mais e melhor que nós, pois passou toda a sua vida em um planeta chamado "Livro".
"Deixaram-me vagabundear pela biblioteca e eu dava assalto à sabedoria humana.
Foi ela quem me fez (...)
As densas lembranças, e a doce sem-razão das crianças do campo,
Em vão procurá-las-ia eu em mim.
Nunca esgaravatei a terra
Nem farejei ninhos, nem joguei pedras nos passarinhos.
Mas os livros foram meus passarinhos e meus ninhos; meus animais domésticos, meu estábulo e meu campo.
A biblioteca era um mundo colhido num espelho; tinha a sua espessura infinita, a sua variedade e a sua imprevisibilidade."
(Jean Paul Sartre)
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