Como disse o cineasta brasileiro Fernando Meirelles, há um ano, no dia da morte de Saramago: "o mundo ficou ainda mais burro e mais cego sem ele". Sem o homem que nos fez entender o que é Literatura e qual a sua importância para a sociedade; que nos fez enxergar que a vida só se comprova pelo seu fim; sem aquele que abriu os nossos olhos para nos provar o quanto somos cegos e inertes enquanto não fazemos absolutamente nada para impedir que este mundo se transforme num mundo ainda mais injusto e sem esperança; sem o homem que amou terna e verdadeiramente a sua Pilar e a ela proporcionou, até o último instante, um mundo de amor e sabedoria, que ultrapassou as barreiras do tempo e das diferenças; sem o poeta que escreveu suas memórias pequenas da infância, a fim de voltar a uma época que, apesar de toda dor e sofrimento, lhe transformara em um ser humano melhor, de alma simples, coração terno e mente sempre aberta; sem o idealista que jamais se absteve de suas convicções políticas e nem se deixou abater pelas críticas e perseguições sofridas; sem o homem que não acreditava em Deus e nem em outra vida, além desta e que, segundo Meirelles, tomara que esteja se contradizendo, vivendo agora num plano espiritual bem melhor e bem diferente deste, e que ao céu tenha subido, sendo, certamente, a estrela mais brilhante, mesmo à terra sempre pertencendo.
Um comentário:
Márcia,com o pensamento voltado às próximas postagens, em meu blog, "busquei" Padaria Espiritual, mesmo já possuindo bastante material sobre o tema, e vim parar aqui...
Li a postagem e dei um bom passeio por suas belas letras...Vou seguí-la e vou voltar...
Um abraço,
da Lúcia
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